quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Festas de fim de ano
Olá a todos... Não tenho aparecido por aqui não é verdade? Confesso que às vezes até me esqueço do blog. Esqueço que criei o blog...
Desta vez resolvi passar por aqui por causa de um susto!!!
Precisei levar um susto para poder me lembrar de vir aqui no blog alertar vocês!!!
Então vamos aos fatos:
Fato 1- Eu tenho uma Bichon Frisè que é muito levada, e muito, muito gulosa, mas ao mesmo tempo muito inteligente, bem treinada e obediente.
Fato 2- Casa em época de festas fica caótica e às vezes a gente esquece de controlar nossos peludos.
Minha mãe, ganhou um presente adiantado do Papai Noel, que era uma cestinha com sabonetes de erva cidreira. Minha sobrinha, encantada com os sabonetinhos ficou brincando com eles, e quando parou, largou no chão. Assim, como disse no fato 2, a casa fica caótica, ninguém se lembrou do sabonete no chão, nem da Letícia (a Bichon citada no fato 1).
Resultado: Letícia comeu o sabonete... E foi parar na emergência da clínica veterinária. Isso aconteceu no fim de semana, em que eu não estava em casa, tinha viajado para assistir aulas da especialização. A sorte foi que minha mãe conseguiu entrar em contado com um amigo e colega veterinário, que tratou da minha pestinha peluda. Ela ainda está se recuperando, mas de maneira geral, esta bem!!!
Olhem ela aí:
Então tá. Isso precisou acontecer para eu me lembrar do blog, e me lembrar de vir aqui, alertar a todos vocês sobre os perigos das festas de fim de ano.
A primeira coisa que eu gostaria de enfatizar aqui é que as ceias de Natal e Ano Novo são para você e sua família... não para o cão ou gatinho da casa. O mesmo serve para almoços, jantares, lanches, café da manhã, etc... cachorro tem que comer comida de cachorro, e gato de gato, e pronto!!! É o certo, é o que é bom para a saúde deles!!!
Eles vão perceber as comidinhas gostosas assando, as coisas diferentes, e vão pedir.... resista... Nunca pense, “é só um ossinho, só um chocolatinho, um docinho... tadinho dele” ou então seu animal pode passar as festas de fim de ano internado na emergência de uma clínica veterinária, pois alimentos não adequados podem provocar uma infecção intestinal, ou mesmo uma intoxicação grave.
Além de não fornecer comida inadequada a eles, vocês devem ficar atentos com sobras deixadas pelos cantos da casa, um copo de refrigerante, vinho ou espumante deixado em um degrau de escada, um prato com um restinho na beirada da pia. Como eu disse no fato 1 lá em cima, a casa costuma ficar caótica, e fica mais difícil controlar nossos peludos... e se eles tiverem a chance, eles VÃO roubar o que acharem de mais gostoso e à disposição.
As plantas do Natal tais como o azevinho também causam problemas, pois são tóxicas. Não se esqueça: a melhor cura é a prevenção. Mantenha todas as plantas perigosas fora do alcance de seus animais de estimação e mantenha os pratos dos doces em locais disponíveis somente para as pessoas.
Os ossos de aves (de novo os ossos) podem parecer como o presente perfeito para o animal de estimação que tem tudo, mas fazê-lo é um risco gravíssimo. Mesmo os ossos maiores do perú podem lascar-se, largando farpas através dos intestinos do animal. Se um perfurar, o resultado pode ser fatal. Se for dar ossos dê ossos grandes de vaca, devidamente cozidos. Após algum tempo de diversão jogue-os fora, pois mesmo os ossos cozidos podem solidificar como cimento no intestino de um animal, causando obstrução e bloqueio que depois terão de ser removidos cirurgicamente por um veterinário.
A árvore de Natal está cheia dos perigos para cães e gatos. As fitas podem ser um alvo atraente para brincar, mas se ingeridas, podem torcer acima dos intestinos, e podem causar obstruções. Este é um perigo particular para gatos e gatinhos, que veem nelas, uma brincadeira irresistível.
As bolinhas da árvore de Natal são para eles um brinquedo divertido. Os cachorros – principalmente os filhotes – costumam morder e ingerir pedaços dos enfeites. A melhor solução é deixar a árvore em um local fora do alcance dos animais e ficar sempre de olho. Também existem produtos vendidos em pet centers para afastá-los. É só aplicar uma pequena quantidade nos objetos. Os bichos vão desistir da "tentação" depois da primeira lambida, por causa do gosto ruim.
O calor também é um problema, pois aqui no Brasil, as festas de fim de ano coincidem com o início do verão e, por isso, é bom tomar cuidado para evitar a desidratação. Dê água gelada e deixe o animal em um lugar onde haja sombra. Paredes e pisos frios também são opções para o pet encostar e se refrescar.
Outra dica é evitar passeios em horários muito quentes. Além disso, se o cachorro ou gato tiver pelagem clara e estiver exposto ao sol, o dono deve passar protetor solar (produtos específicos para animais, encontrados em pet shops) em áreas mais sensíveis, como as orelhas.
Já se você e sua família resolveram viajar no fim de ano com seu bichinho, certifique-se de que a viagem será confortável. O ideal é que tanto gatos como cachorros sejam levados dentro de caixas de transporte de tamanho adequado, deve-se evitar alimentar o animal nas duas horas que antecedem a viagem, para que ele não vomite no caminho, e, se o percurso for longo, pare algumas vezes para o animal fazer xixi. Além disso, prefira viajar nos horários mais frescos – bem cedinho ou durante a noite.
Além disse certifique-se de que seu animal esta devidamente vacinado e vermifugado, para que não haja nenhum imprevisto com a saúde dele durante a estadia fora de casa. Alguns agentes etiológicos de doenças tem predileção por determinadas regiões.
Caso você vá viajar mas não vá levar seu animal, pode deixa-lo em um hotelzinho, mas verifique as instalações e certifique-se de que o estabelecimento é confiável e com profissionais aptos a lidar com eventuais problemas de saúde.
Muita gente adora que seu pet entre no espírito do Natal com a família. Da mesma forma, a noite de Ano Novo também merece comemoração do bichinho de estimação. Mas as festas, com decoração, luzes, comida à vontade e presentes pelo chão podem representar perigo para o animal. Portanto se for melhor para o animal, opte por deixa-lo mais confinado durante as celebrações, deixando-o num quarto, mais tranquilo, e longe da comilança!!!
Mas se além disso tudo você ainda acha que seu peludo merece comemorar as festas de forma especial, faça como eu: Substitua a ração dele por uma ração especial, de patê, ou de molho, enfeite com uns biscoitos caninos e prontinho!!! Ou mesmo uma alimentação fresca e balanceada, adequada a seu pet (de uma outra vez conversamos sobre isso). Assim seu peludo terá uma ceia de fim de ano deliciosa só para ele!!!!
Com isso termino nossa conversa hoje desejando um Natal maravilhoso a todos vocês, e um 2012 cheio de felicidade, saúde e amor (isso nossos peludos tem de montão para nos dar)!!!!
Letícia (a Bichon levada do começo do post) também manda muitos cheirinhos e lambidinhas a todos os amigos!!!
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Coprofagia
Coprofagia é um comportamento mais observado em cães, raro em gatos, que consiste na ingestão das próprias fezes, ou de outro animal. É observada principalmente em animais jovens, sem predileção de sexo ou raça. Existem diversas motivações para que o animal exiba este comportamento. Dentre elas podemos citar:
• Durante as primeiras semanas de vida dos filhotes, as cadelas fazem estimulação anogenital dos filhotes, ingerindo suas excretas, estimulando e excreção dos cãezinhos, e mantendo o ninho limpo, evitando que o local fique contaminado. Este comportamento, nesta época da vida, é natural e necessário. Assim que os filhotes estiverem mais crescidinhos a cadela usará de outros meios para ensiná-los a defecar longe da área aonde eles dormem e são alimentados. Ela passará a se levantar do ninho alguns minutos antes deles estarem totalmente saciados. Os filhotes então procuram as tetas, para continuar a mamada, e saem do ninho atrás da mãe, e assim, defecam fora do ninho (o que normalmente ocorre logo após o fim da mamada).
• Animais jovens podem usar a coprofagia como mais um método de exploração do seu ambiente, principalmente se forem animais mantidos por longos períodos em ambientes empobrecidos e vazios.
• Gosto. Embora difícil para os proprietários aceitarem, alguns animais, simplesmente gostam do cheio, sabor e textura das fezes, e as ingerem, principalmente em se tratando de fezes de gatos, devido ao teor proteico.
• Cães com polifagia podem buscar material fecal como meio de saciar seu apetite excessivo.
• Animais com má absorção, devido a problemas como insuficiência pancreática doenças intestinais, ou verminoses, ou cães com dieta inadequada (baixos níveis proteicos, alimentação insuficiente ou dietas muito ricas em carboidratos e fibras) podem necessitar de nutrientes adicionais, e para suprir esta carência, ingerem fezes.
• Quando mais de um cachorro é alimentado ao mesmo tempo, e no mesmo preto, um deles, dominante, pode ingerir muito mais ração que o outro, impedindo com que o mais submisso fique saciado, e, portanto possa desenvolver a coprofagia.
• Alguns estudos também mostram que cachorros alimentados uma única vez ao dia, tendem a comer as próprias fezes mais dos que os cães alimentados duas ou mais vezes por dia, pois alguns cães possuem uma dificuldade maior de absorver os nutrientes se eles forem oferecidos em uma única grande porção de alimento. Os nutrientes, nestes casos, acabam passando direto para as fezes do animal que, mais tarde, sentindo-se mal nutrido, acaba voltando nas próprias fezes para se alimentar.
• Os cães podem descobrir que a coprofagia resulta na imediata atenção dos donos, e assim, utilizam este comportamento para obtê-la.
• Alguns cães inclusive desenvolvem a coprofagia, por terem sido excessivamente punidos ao defecarem, portanto eles tendem a limpar o ambiente e evitar a punição. O grau necessário de severidade da punição para causar tal reação vai depender da sensibilidade individual de cada cachorro. Ou seja, nem sempre é preciso que o cachorro seja “espancado” a cada acidente para que ele passe a comer as próprias fezes.
• Maus hábitos de higiene também têm sua contribuição. Animais q ficam presos em locais pequenos e sujos podem desenvolver a habilidade de limpar a área por conta própria.
• A coprofagia pode também ser um comportamento ligado à ansiedade, ansiedade de separação, ou mesmo um transtorno compulsivo.
São vários os fatores de risco, como confinamento, falta de estimulação, doença pré-existente, dieta não balanceada adequadamente, fácil acesso às fezes e ansiedade, e cabe ao veterinário, distinguir entre as causas clínicas e comportamentais, para poder tentar a melhor alteração de manejo e tratamento para este animal, que pode incluir somente uma mudança de manejo, ou esta, associada com administração de medicamentos.
Existem algumas medidas que podem ser tomadas como preventivas à coprofagia, ou até mesmo para tentar diminuir a incidência do comportamento, se o seu cão já tiver começado a apresentar o problema. Dentre elas:
• Alimente seu cão pelo menos duas vezes por dia (filhotes até 6 meses vão precisar ser alimentados pelo menos 3 vezes por dia) e com uma ração de boa qualidade.
• Se você possui mais de um cachorro na casa, alimente-os em pratos separados e certifique-se que todos estão tendo oportunidade de comer direitinho.
• Procure manter o jornal do seu filhote sempre bem limpinho e, de preferência, não deixe o filhote ver você limpando as fezes. Não queremos que o filhote muito inteligente resolva imitar o seu comportamento.
• Não brigue com o seu filhote se ele já tiver feito o cocô ou xixi no lugar errado. Somente chame a atenção dele, se ele for pego no ato!
• Se você começar a ver movimentos circulares pegue seu cão no colo e leve-o imediatamente para o local permitido. Se ele já estiver no meio do xixi, ou do cocô, não espere ele acabar. Interrompa-o com um sonoro "AÍ NÃO", pegue o bicho no colo e leve-o imediatamente para o jornal. Chegando no jornal NÃO brigue com o filhote, pelo contrário faça a maior festa do mundo e se uma gotinha de xixi ou cocô cair no jornal faça ele se sentir o mais amado dos bichos.
• Observe sempre que o seu cachorro for ao banheiro e crie uma rotina para distraí-lo assim que ele fizer o cocô. Acabado os negócios chame-o para um cômodo bem longe da área com o jornal e dê um biscoitinho para o totó. Enquanto ele fica distraído comendo o biscoitinho limpe o jornal rapidamente, sem deixar que o peludo veja.
• Se você também tem gatos em casa, coloque as bandejas sanitárias em um local ao qual o cão não tenha acesso.
• Palitinhos de probiótios e prebióticos são bons para formar uma flora intestinal adequada no cão.
• Se o seu veterinário prescrever um vermífugo lembre-se que é muito importante seguir a risca as orientações dadas por ele. Administre o remédio na dose correta e nos dias exatos para não perder o ciclo dos parasitas.
• Você pode também perguntar ao seu veterinário se ele recomenda algum tipo de "aditivo" para colocar na comida do seu cachorro e tornar as fezes desagradáveis. Existem produtos importados para este fim e também algumas alternativas "caseiras" mas NUNCA faça nada sem consultar o seu veterinário primeiro.
• Reserve uma parte do dia para dar atenção e exercitar o peludo.
A medida mais importante que você tem a tomar para resolver este caso é consultar seu veterinário de confiança, pois somente ele é capaz de fazer o diagnóstico correto, e diferenciar os diversos tipos de causa, para resolver o tratamento, da coprofagia, e de alguma doença primária ou secundária à coprofagia, se for o caso.
Outra coisa importante que o proprietário de um cão coprofágico deve saber, é que para retirar este comportamento de um cão, é necessária muita paciência e supervisão, e que em casos em que o animal já exibe o comportamento de coprofagia há muito tempo, o prognóstico é reservado e o problema pode persistir, apesar do tratamento.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
9 DE SETEMBRO: DIA DO MÉDICO VETERINÁRO
Hoje é dia do Médico Veterinário e resolvi passar aqui no blog para parabenizar meus colegas de profissão... E quando estava entrando pensei... Não só para eles, mas eu mereço também né??? Afinal, essa é a primeira vez que passo o dia do médico veterinário, como médica veterinária, e não como estudante... Eu sonhei estar aqui hoje, com meu diploma na mão... E lutei muito para conseguir isso!!! Lutei contra mim mesma, lutei contra uma depressão, contra meu pessimismo, e lutei contra a segurança de continuar na minha outra profissão.
Bom, esse texto que coloco aí em baixo é bem manjadinho, muita gente conhece, mas é bonitinho, e tem muita verdade nele... Apesar de eu não concordar em algumas coisas... Portanto entre as palavras do texto, colocarei as minhas...
"Ser Veterinário não é só cuidar de animais. É, sobretudo, amá-los, não ficando somente nos padrões de uma ciência médica.
(O médico veterinário não cuida somente da saúde dos animais, mas está sempre visando à saúde do homem.)
Ser veterinário é acreditar na imortalidade da natureza é querer preservá-la sempre mais bela.
Ser Veterinário não é somente ouvir miados, mugidos, balidos, relinchos e latidos, mas, principalmente, entendê-los e amenizá-los.
É gostar de terra molhada, de mato fechado, de luas e chuvas.
(Amar a natureza e lutar para preservá-la é uma coisa, mas não necessariamente preciso gostar de ficar no mato para amar minha profissão, correto?)
Ser Veterinário é não se importar se os animais pensam, mas sim, se sofrem.
(Acredito que é se importar com ambas as coisas.)
É dedicar parte do seu ser à arte de salvar vidas.
Ser Veterinário é aproximar-se de extintos. É perder medos.
É ganhar amigos de pêlo e penas, que jamais irão decepcioná-lo.
Ser Veterinário é ter ódio de gaiola, jaula e corrente.
(Essa parte é meio complicada, pois veterinário ama sim os animais soltos, felizes, no seu habitat natural, mas não concordo que tenha q ter ódio de gaiola, jaula e corrente, pois às vezes, elas são necessárias, para o bem do próprio animal. Então eu colocaria que ser veterinário é ter ódio de cativeiro com maus tratos, com abuso, mas saber usar a contenção adequada quando for necessário.)
É perder um tempo enorme apreciando rebanhos e vôos de gaivotas.
(E cãezinhos brincando, gatos tomando seu banho diário, etc...)
É permanecer descobrindo, através dos animais a si mesmo.
(Porque nós ainda temos muito a aprender com eles.)
Ser Veterinário é conviver lado a lado com ensinamentos profundos, sobre amor e vida.
Todos nós podemos nos formar em veterinária, mas nem todos seremos veterinários".
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Obesidade
Obesidade é um transtorno caracterizado pelo acumulo excessivo de gordura, em níveis muito superiores ao necessário para o funcionamento orgânico, em conseqüência da alteração na ingestão de nutrientes, distúrbio dos gastos energéticos, ou ao desequilíbrio interno dos dois processos.
Considera-se, arbitrariamente, animais obesos aqueles com peso corporal igual ou superior a 10% do ideal. No entanto, é difícil determinar o peso adequado, pois existem diferenças entre animais com relação a massa corporal, além de variações dentro das raças. Um método bastante simples e prático para se ter uma noção do estado corporal, a fim de avaliar se o animal está ou não com problema de obesidade, é efetuar a palpação de toda a região das costelas. Geralmente, estas são facilmente palpáveis em animais não obesos. Quando há excesso de peso, ocorre dificuldade em palpar estas estruturas ósseas. Entretanto, é importante o exame cuidadoso de todo o animal, uma vez que poderão ocorrer casos em que há deposição de gordura somente em locais menos comuns, como nos membros.
A ocorrência da obesidade é uma das conseqüências mais freqüentes da má nutrição observada na prática clínica de pequenos animais. Estima-se que afeta de 6 a 12% dos gatos, e 25 a 45% da população canina.
É bastante comum em animais com idade avançada, podendo estar relacionada a diminuição do gasto energético, devido a reduzidas atividades e a alterações no metabolismo corporal em função da idade. Certas raças de cães são mais propensas a tal distúrbio, como o Labrador, Cairn Terrier, Shetland Sheepdoog, Bassethound, Cocker Spaniel e Long Haired Dachshund.
A obesidade geralmente ocorre relacionada à alimentação excessiva, e a conseqüente ingestão de nutrientes acima das exigências fisiológicas. A falta de normas exatas de alimentação, e a grande variabilidade dos componentes das rações caseiras, podem ser considerados como sendo os erros mais comuns que levam a ocorrência dessa patologia. Além disto, a falta de exercícios aumenta a predisposição do animal a um peso acima do ideal.
Somente um pequeno número da casuística de animais obesos não castrados é decorrente de alterações endócrinas, como hipotireoidismo.
O excesso de peso é um desequilíbrio orgânico que põe em risco à saúde geral, por ser um fator altamente predisponente a muitas outras patologias, determinando problemas do sistema locomotor e das articulações, alterações cardiopulmonares e endócrinas, como a diabetes mellitus, maior susceptibilidade às enfermidades infecciosas, além de aumentar os riscos de complicações cirúrgicas.
Abaixo temos alguns problemas de saúde causados pela obesidade nos animais de estimação:
* Problemas respiratórios pois num cão obeso os pulmões têm menos espaço para se encherem de ar e têm em contrapartida de aumentar a sua capacidade de captação de oxigênio para fornecer ar ao maior número de células no corpo.
* Problemas de pele e pelagem.
* Artrite e outras doenças articulares. O aumento de peso faz com que o cão tenha de forçar mais as articulações para se poder movimentar. A artrite, que provoca dores intensas, pode-se desenvolver devido ao aumento da pressão sobre joelhos, anca e cotovelos. Esta condição é ainda mais preocupante nas raças de porte grande que são já predispostas a desenvolver displasias.
* Problemas cardíacos. O coração é um órgão bastante afetado pela obesidade. O coração tem de aumentar a sua capacidade de distribuição de sangue a muitos mais sítios que se foram criando com a acumulação de massa. Como o sangue tem de percorrer um caminhos mais longos, a força ou pressão com que é bombeado tem de aumentar
* Diabetes. Doença sem cura que pode obrigar a injeções diárias de insulina e pode levar à cegueira. A incapacidade de produção de insulina para processar os níveis aumentados de açúcar está por detrás do desenvolvimento de diabetes.
* Aumento da probabilidade de desenvolver tumores. Estudos recentes associam o desenvolvimento de cancêr, sobretudo mamário ou no sistema urinário, com a obesidade.
* Perda de eficácia do sistema imunológico. As doenças virais parecem afetar de forma mais agressiva os cães com excesso de peso.
* Problemas gastrointestinais. Diarreia e o aumento da flatulência ocorrem mais frequentemente em cães obesos, situação que não é agradável nem para o cão e nem para o dono.
O sucesso para a perda de peso está na restrição do número de calorias, pelo fornecimento de dietas com total de energia menor do que o requerido para manter o peso corporal, propiciando um balanço energético negativo para induzir o gasto de calorias dos depósitos do organismo. O veterinário deve recomendar a dieta ideal para cada animal, baseado em suas necessidades diárias, mas antes ele vai realizar um exame completo, para descartar quaisquer desordens endócrinas.
A forma de administração da dieta também é importante, já que obtém-se melhores resultados através da utilização de pequenas, mas freqüentes refeições, duas ou três vezes ao dia, as quais somam o mesmo conteúdo calórico de uma única refeição diária.
Nos Estados Unidos já é certo que mais de 50% dos cães e gatos são obesos, e no Brasil estamos indo em direção ao mesmo caminho!!!
É muito importante evitar que seu animal se torne obeso, oferecendo para ele ração balanceada, de boa qualidade, sem oferecer restinhos de comida, nem petiscos constantes, e mantendo uma rotina de atividade adequada, pois a obesidade é um fator de risco para diversas outras patologias.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Crianças e animais
Animais de estimação são parte da vida de muitas crianças, e para este relacionamento ser uma experiência boa para todos, é preciso planejamento, discussão na família e envolvimento total dos pais. Uma criança que aprende a tratar animais com gentileza também está aprendendo a tratar as pessoas da mesma forma.
Todos os tipos de animais trazem prazer e divertimento para as crianças, mas é muito importante escolher o animalzinho ideal para sua família, sua casa e seu estilo de vida. Além de escolher um que seu filho possa ajudar a cuidar.
Cuidar de um animal de estimação ajuda as crianças a desenvolver habilidades sociais, mas alguns cuidados devem soer tomados. Por exemplo, como crianças menores de 3 anos, podem não conseguir controlar sua agressividade, elas devem ser sempre observadas quando estiverem na companhia dos pets, crianças menores de 10 anos, cuidam muito bem de seus bichinhos, mas não sozinhas, devem fazer isso sempre sob a supervisão dos pais. Os pais funcionam como modelos, e as crianças aprendem a ser gentis no tratamento com os animais, imitando seus pais.
Crianças criadas com animais em casa traz muitos benefícios para as crianças em diversas áreas:
•Esta relação das crianças com os animais contribui para a auto-estima e confiança em si mesmos.
•As crianças tendem também a confiar mais nas outras pessoas, e se tornar mais independentes.
•O Relacionamento com os pets também desenvolve a comunicação verbal e não verbal das crianças, pois elas aprendem a observar a linguagem corporal, não só dos animais, como das pessoas também.
•Desenvolve compaixão e empatia nas crianças, pois eles sempre querem saber o que o animalzinho esta sentindo.
•Os pets servem como confidentes para seu filho, pois eles tendem a conversar com o animalzinho, assim como eles fazem com seus bichos de pelúcia.
•Eles ensinam lições de vida para as crianças, como reprodução, nascimento, doenças, acidentes e morte.
•Eles ajudam a desenvolver senso de responsabilidade nas crianças que cuidam deles.
•Eles são uma fonte de contato com a natureza.
•Eles ajudam a ensinar as crianças a respeitarem outros seres vivos.
•Eles forçam a criança q fazer atividades físicas.
•Eles ensinam sobre afeição, lealdade, respeito e amor.
Todas estas informações acima, não são somente “achismos” de uma veterinária apaixonada, mas sim, resultados de anos e anos de vários estudos, vindos de diversas partes do mundo.
Em um destes estudos, que foi publicado no ano de 2002, um grupo de pesquisadores americanos, estudava a saliva de crianças que conviviam com animais, em comparação com crianças que não conviviam com animais, e descobriram que na saliva das crianças que tinham animais de estimação, havia uma quantidade muito maior de imunoglobulina A (IgA), que serve como um indicador de sistema imune forte. Estas crianças eram menos sujeitas a pegar infecções oportunistas, pois o fato de terem sido expostas a mais agentes na sua infância, fortaleceu seu sistema imune. Por causa disto, estas crianças, num período de 3 ou 4 anos, faltavam a escola, uma média de 20 dias a menos que crianças que não convivem com animais de estimação.
Na Revista Crescer, em janeiro de 2009, foi publicado um artigo, relatando uma pesquisa, feita também nos Estados Unidos, em Detroit, que mostra que este contato com animais de estimação é extremamente importante no primeiro ano de vida. Este estudo analisou quase 600 crianças, do nascimento aos 18 anos de idade, e mostrou que as que conviveram com animais de estimação no primeiro ano de vida desenvolveram muito menos alergias.
Não devemos nos esquecer nunca, que todas estas informações valem para famílias que tratam com responsabilidade dos seus animais, mantentdo a saúde e higiene deles e do local aonde ficam.
De uma próxima vez eu escrevo um pouco sobre as melhores raças para se ter com crianças de várias idades, e como escolher o animalzinho idela para sua família.
Bom, o post de hoje eu resolvi fazer em homenagem a essa pessoinha aí, que, como eu, ama os peludinhos, e que hoje completa um aninho de vida!!!
Ela se diverte com os peludos daqui... felinos e caninos!!! Corre atrás deles, abraça, faz carinho, e sabe o nome de cada um!!!
FELIZ ANIVERSÁRIO MINHA PRINCESA!!! MADRINHA TE AMA DEMAIS!!!
OBS: As fotos deste post são todas pessoais. Nas antigas a criança sou eu, apaixonada desde cedo... Dentre as mais recentes, algumas estão com qualidade ruim por serem fotos de celular!!!
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Raça: Golden Retriever
Bom, logo que comecei a escrever aqui no blog, eu disse que iria falar sobre raças de vez em quando, mas ainda não tinha escolhido nenhuma para começar, então fiz uma enquete no facebook, e entre as respostas, que variaram de SRD a Bulldog, o Golden Retriever foi o mais votado, então hoje vou escrever um pouquinho sobre esta raça.
Origem: A origem da raça é incerta, mas alguns citam que foi na Escócia, e outros na Inglaterra, e foi por volta da segunda metade do século XIX, quando criadores queriam um cão de porte médio que fosse hábil caçador, obediente, inteligente, calmo e fácil de treinar.
Para conseguir este resultado, várias raças foram cruzadas, entre elas o Flat-Coat, o Tweed Water Spaniel (raça extinta), Labrador, Setter Irlandês e Bloodhound.
No início estes cães eram usados para caça de aves selvagens. Hoje a raça ainda é usada para caça (bem pouco), mas seus principais usos são companhia e assistência a deficientes.
Características: O Golden Retriever é um cão robusto, com o corpo bem equilibrado e focinho, lábios e olhos escuros.
A pelagem tem tamanho médio, pode ser lisa ou encaracolada, com denso subpelo, resistente à água, e com tonalidades que variam do creme ao ouro. A cor vermelha, apesar de aparecer em alguns exemplares, não é aceita como padrão da raça. Além disso, a pelagem clareia à medida que o animal envelhece. Esta pelagem deve ser escovada com freqüência para que se mantenha saudável e bonita. Na época da muda, que ocorre de 6 em 6 meses, deve ser escovada com mais freqüência, evitando que perca pelos pela casa.
Seu peso geralmente varia entre 27 a 36 kg, e sua altura entre 51 e 61 cm na cernelha (pescoço).
Personalidade: Nos Estados Unidos, o Golden é mais popular que no seu país de origem, e é considerado o “cão familiar ideal”. Ele é relaxado, mas responsivo, calmo, mas alerta, sereno e sensível.
Como foi desenvolvido para devolver a caça, sua mordida é gentil e leve. É uma raça que raramente morde. Além disso, são especialmente pacientes com crianças, por serem extremamente pacientes, mansos e boa índole. Fazem amizade com todos, sendo afetuoso com estranhos e convivem com outros cães sem problemas.
Eles podem ser territorialistas e latir quando um animal ou pessoa estranha invadir seu território, mas por sua índole amorosa, o Golden não é um cão para a função de guarda.
São inúmeras suas características, mas talvez a principal seja a inteligência e a vontade de agradar ao dono. Possui grande facilidade para entender o que se quer dele e associar causa e consequência de seus atos. Por isso, é um cão muito fácil de ser treinado, e é muito usado em como guia de cegos e auxiliar na terapia de doentes físicos e mentais.
Possui excelente faro, portanto, muitos são usados pelas polícias para farejar drogas e auxiliar no resgate de sobreviventes em desastres.
O Golden adapta-se ao estilo de vida do dono, mesmo em locais pequenos. Em casa, procura sempre a proximidade dos familiares.
Apesar de não ser hiper-ativo, o Golden é um cão que precisa, e adora fazer exercícios físicos, como caminhadas, passeios ou mesmo provas de Agility. Adoram buscar bolinhas e brinquedos, além de serem exímios nadadores.
Saúde: Toda raça apresente predisposição a alguns problemas de saúde, e é muito importante você conhecer quais são esses problemas antes de levar seu filhote para casa, pois assim você tem a opção de procurar um criador que faça seleção de pareadores e matrizes (pais e mães dos filhotes) que não apresentes esses problemas, como a displasia coxofemoral.
A displasia coxofemoral ou displasia de cotovelo é um desses problemas. Outros problemas de saúde relacionados ao Golden é artrite, câncer, principalmente hemangiosarcoma e linfosarcoma, epilepsia e hipotireoidismo.
Bom, se eu continuar escrevendo, vou acabar fazendo um post gigantesco (na verdade este aqui já está gigante né?), portanto vou parar por aqui... para saberem mais sobre a raça, eu recomendo estes sites (em Ingles):
America kennel Club http://www.akc.org/breeds/golden_retriever/index.cfm
Golden Retriever Club of America: http://www.grca.org/
Se alguém tiver alguma dúvida, ou sugestão de raça para eu falar sobre, é só deixar aqui nos comentários. Mas já deixo avisado que a próxima raça sobre a qual vou falar é o Bichon Frisè... por motivos óbvios!!!!!
Beijinhos e até breve!!!!
terça-feira, 5 de julho de 2011
Livro: Conheça a Alma dos Animais
No final do mês de maio, comprei este livro, junto com mais alguns livros sobre animais, e este foi o primeiro que li. Confesso que os outros estão dentro do armário me esperando!!! Eles me chamam, mas ainda não peguei nenhum deles para ler....
Neste livro, o autor, Severino Barbosa, desenvolveu um trabalho, pesquisando o assunto em diversas fontes, como os livros de Allan Kardec, Gabriel Delanne, Léon Denis e Ernesto Bozzano, e aborda temas como a semelhança entre o homem e os animais, a inteligência, o psiquismo, e as faculdades e os sentimentos dos animais.
O livro não é grande, nem cansativo de ser lido, e a linguagem é bem simples e direta. Além disso, o livro é recheado de relatos interessantes que mostram como os animais são inteligentes, como o caso citado por Gabriel Delanne, em que um macaco utiliza as patinhas de um gato sonolento, para retirar algumas nozes apetitosas de uma lareira acesa, sem se machucar, claro... e fazendo o pobre gatinho berrar com a patinha queimada!!!
Claro que este livro não é o único que abrange o assunto, pois já existem diversos estudos sobre o tema, e as vezes estes livros podem se tornar repetitivos. Dentre os que estão guardados no meu armário para eu ler, um deles é sobre este mesmo tema, e assim que eu ler, aviso aqui quais as semelhanças e diferenças entre eles.
No momento estou lendo um livro mais técnico, mais para estudo mesmo, sobre geriatria clínica de cães e gatos.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Se eles pudessem falar...
...eles falariam assim:
“Nós somos seus amigos, confidentes, seus companheiros. Partilhamos as suas vidas, e tudo o que te afeta, também nos afeta em algum grau.
Contamos com você para as nossas necessidades, e somos dependentes de você para nossa proteção e bem-estar.
Por favor, não nos façam mal, nós somos impotentes diante de você e à sua mercê. Vivemos, respiramos, sofremos, somos formas de vida consciente, portanto não somos joguetes para atender a conveniência e estilo de vida daqueles com quem nós escolhemos partilhar nossas vidas.
Quaisquer alterações que você fizer em nossos corpos devem beneficiar diretamente a nós, nunca por vaidade pessoal ou conveniência.
Muitos seres humanos se colocam acima de nós, e, na arrogância e ignorância, eles afirmam que somos seres inferiores e não temos alma e nenhum idioma, por isso não temos nenhum direito, nem nós merecemos direitos. A existência da nossa alma, nunca pôde ser comprovada, assim como a de vocês, e muitos de vocês simplesmente não entendem a nossa língua. Se você nos der mais do que apenas uma atenção superficial, podemos provar que temos uma alma, além disso, você pode aprender a nossa língua e têm a capacidade de se comunicar conosco.
Nos aceite e aprenda quem somos. Compreenda nossas necessidades, nos tratem com dignidade e tenha compaixão por nós quando somos incapazes de nos defender. Respeite-nos e ame-nos como indivíduos, e isto irá enriquecer a sua vida além de sua expectativa.
Temos o direito de ser membros da sua família.
Nós prosperamos na interação social, louvor e amor.
Temos o direito à estimulação.
Precisamos de novos jogos, brinquedos, novas experiências e novos cheiros para ser feliz.
Temos o direito de exercício físico regular.
Temos o direito de nos divertir.
Temos o direito a cuidados de saúde de qualidade. Por favor, nos leve ao nosso veterinário regularmente!
Temos o direito a uma boa dieta. Como algumas pessoas, não sabemos o que é melhor para nós. Nós dependemos de você.
Temos o direito de receber treinamento adequado. Caso contrário, o nosso bom relacionamento poderia ser marcada por confusão e discórdia, e poderíamos nos tornar perigoso para nós mesmos e aos outros.
Temos o direito à orientação e correção baseada na compreensão e compaixão, ao invés de abuso.
Temos o direito de viver com dignidade... E morrer com dignidade, quando chegar a hora.”
terça-feira, 7 de junho de 2011
Tosse dos canis
O frio começou, e com ele vem uma série de doenças, não só para nós, mas também para nossos peludos!
A traqueobronquite infecciosa canina, muito conhecida como tosse dos canis, é uma doença contagiosa, comum nesta época de frio, e que provoca infecção respiratória nos cães.
Os sintomas variam, mas o mais comum é tosse seca e repetida, de início agudo. A tosse é geralmente acompanhada por movimentos de esforço de vômito, que podem ser confundidos com engasgo. Além disso, esta tosse se torna mais evidente em momentos de exercício ou excitação.
A transmissão acontece por contato direto entre os cães, ou por contato indireto, isto é pelo ar, portanto, a doença é freqüente em locais onde ficam abrigados grandes quantidades de cães, como exposições, abrigos para animais, lojas, hospitais veterinários e instalações de pesquisa. A transmissão também pode ser feita pelas gaiolas, comedouros, bebedouros, funcionários, etc.
A prevenção dessa doença é feita por vacinas, tanto intranasais, quanto injetáveis. As injetáveis protegem os animais contra a doença, mas não contra a infecção, permitindo que permaneçam portadores. As vacinas intranasais apresentam proteção muito mais consistente, protegendo contra a infecção e contra a doença clínica.
Portanto, antes de você deixar seu cão em um canil, ou em contato com animais estranhos, aconselho a vacinação, embora esta não seja obrigatória. Além disso, os cães que apresentarem sintomas da doença devem ser separados dos demais, para evitar contágio.
Não se esqueçam, de levar seu animalzinho no veterinário para um check-up rotineiro, além de levar também sempre que aparecer um sinal diferente, pois é o médico veterinário que vai poder fazer o diagnóstico correto, e prescrever o tratamento ideal.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Declaração universal dos direito dos animais - UNESCO
1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.
2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem.
3 - Nenhum animal deve ser maltratado.
4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.
5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve nunca ser abandonado.
6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.
7 - Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.
8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados crimescontra os animais.
9 - Os diretos dos animais devem ser defendidos por lei.
10 - O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Pets e responsabilidade
Ter um animal de estimação não é somente um privilégio, mas também é um grande compromisso.
Qualquer pessoa pode ter um bichinho de estimação, seja ele comprado, dado como presente, resgatado ou adotado, mas antes de tomar esta decisão, precisamos pensar em alguns pontos fundamentais. Comprar ou adotar um animal de estimação não é a mesma coisa que comprar uma bicicleta nova, ou uma roupa nova, portanto, não podemos levar um bichinho para casa só pensando em nós, em satisfazer nossas vaidades e desejos.
Quem resolve ter um animal de estimação, precisa saber que eles demandam muitos cuidados e responsabilidades, e a partir do momento que decidimos levar um deles para casa, somos os responsáveis por sua saúde e bem estar por toda a vida deles. Eles, além de carinho e atenção, precisam de muitos cuidados.
Nunca leve para casa um animalzinho de determinada raça somente porque esta raça está na moda, apareceu em determinado filme, ou simplesmente porque vimos aquele filhotinho e o achamos irresistível. Sempre se informe sobre as características do animal, como tamanho, pelagem, comportamento, nível de energia e espaço físico necessário, antes de tomar a decisão se devemos levar ele para casa ou não. Precisamos ter certeza de que o animal em questão é adequado para você e sua família.
Antes de comprar ou adotar um animal, as pessoas precisam ter em mente que o tempo médio de vida dele é de 15 anos; perguntar à família se todos estão de acordo com um novo membro na família, se há recursos necessários para mantê-lo e verificar quem cuidará dele nas férias ou em feriados prolongados?
Deve-se ter paciência no período de adaptação do animal ao novo ambiente, pois ele poderá latir e chorar durante a noite, ou mesmo se mostrar arredio, com medo, devido a inseguranças, necessitando de atenção especial, principalmente se for um filhote.
Mantenha o animal sempre dentro de casa (quintal), jamais solto na rua. Para os cães, passeios são fundamentais, para que ele possa gastar energia e se manter relaxado, mas sempre com coleira e guia. Por mais que o cãozinho seja bonzinho e obediente, animais são sempre imprevisíveis, e podem se assustar, ou se atrair por algum odor, saindo correndo e colocando a própria vida em risco.
Cuide da saúde física do animal. Ele deve ter um local para abrigá-lo da chuva, sol e do frio, deve ser alimentado com ração de boa qualidade, vacinado, vermifugado, e levado regularmente ao veterinário. Ele deve também ser escovado regularmente, além de precisar de exercícios físicos diários. Tenha certeza de que você não possui nenhum veneno em casa, pois animais são curiosos e há vários casos de animais mortos por terem encontrado essas substâncias e ingerido. Para gatos que vivem em apartamentos, é necessário colocar telas de proteção nas janelas, para evitar quedas.
Cuide também da saúde psicológica do animal. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele. Nunca deixe seu animal preso à correntes, ou em canis apertados. Animais devem ter liberdade e espaço para andar para cá e para lá. Se você precisar prendê-lo, que seja por pouco tempo.
Recolha e jogue os dejetos em local apropriado. Se estiver passeando com ele, recolha as fezes com um saco plástico, amarre-o e jogue-o na lixeira. Pode ser que nem todas as pessoas façam isso... mas se você fizer sua parte, já estará educando as demais e ajudando a manter a cidade mais limpa.
Identifique o animal colocando coleira com plaqueta, com seu nome, endereço e telefone. Se ele se perder ou fugir, será mais fácil encontrá-lo assim.
Evite filhotes indesejados de cães e gatos. Castre os machos e as fêmeas. A castração é a melhor maneira de controlar o aparecimento de mais e mais filhotes sem dono, abandonados, e não tem contra-indicações, ou seja, não faz mal ao animal.
Eduque as crianças para respeitar o animal, sem bater, chutar, torcer, jogar ou fazer alguma brincadeira que possa feri-lo. Lembre-se que os animais só costumam agredir se forem agredidos primeiro.
Ter um animal de estimação dá trabalho? Da sim, e muito!!! Mas também nos traz muita alegria, companheirismo, fidelidade, amor, e pode até melhorar nossa saúde!!! Se você estiver preparado para este compromisso,mergulhe de cabeça, com a certeza de que está fazendo a coisa certa, e que ambos (família e pet) serão muito felizes!!!